Videoactivismo tropical

(versión castellano, más abajo)

No fim de semana passado, o Screen Festival apresentou na Fundação Antoni Tapies uma sessão de vídeos intitulada, “Videoactivismo tropical – ilegalidades transformadoras”, realizada pela curadora brasileira Fernanda Nogueira.

Assisti os dois dias com a vontade de descobrir o que está acontecendo no contexto brasileiro, que segundo Fernanda, tem relação com o que aconteceu aqui nos últimos anos.

Filé de Peixe é um coletivo carioca que desde 2006 realiza ações de intervenção urbana baseadas no formato audiovisual, e também projetos de ocupação artística em espaços não convencionais (garagens, solares, pátios, becos…).

Este coletivo de artistas destaca por “intervir na economia política da arte, agindo criticamente sobre processos de recepção e circulação da arte enquanto mercadoria, investigando as relações entre arte e vida, as instâncias limítrofes entre objeto e produto, entre colecionismo e consumo” (1).

O projeto “Piratão gentil” consiste em desenvolver diferentes ações em centros urbanos onde vendem cópias piratas de vídeos de autores clássicos e contemporâneos, de acordo com o mesmo processo da pirataria atual.

Todas as pessoas que aparecem no vídeo fazem elogios à democratização da informação devido à aparição de Internet, a qual facilita o acesso a todo tipo de conteúdos, quebrando as coordenadas “espaço-tempo” (traduzidas no “aqui – agora”) e gerando uma esfera livre onde compartilhar conhecimento.

Um dos debates mais atuais no âmbito cultural é como atingir um equilíbrio justo entre a livre circulação de conteúdos na rede e os recursos necessários para sua viabilidade. Sem dúvida, um desafio para o mundo da arte e a cultura a escala global.

Vou te mostrar um trecho das ações de “Piratão gentil”:

Em Barcelona, no mês passado celebrou-se o 12º Fórum da cultura organizado pelo coletivo Indigestió. Nesse encontro esquentou o debate sobre a cultura livre, mais uma vez, justamente agora que acontece a transição da “cultura subvencionada” à cultura… mercantil?… ainda não sabemos o quê.

Gala Pina foi uma dos participantes neste fórum.

ARNSTV é um grupo ativo desde 2002 a 2004 na cidade de São Paulo, formado pelo Daniel Lima, Fernando Coster, André Montenegro e Daniela Labra.

O vídeo que pudemos ver é um pequeno trecho do projeto “A Revolução Não Será Televisionada”, o qual consistia numa espécie de anti-programa de televisão. O projeto tem tido com objetivo intervir neste meio utilizando conteúdos artísticos recolhidos em programas de 25 minutos de duração.

“A Revolução Não Será Televisionada” não só apresenta conteúdos artísticos senão também música, narrações em off e imagens jornalísticas. O grupo deste projeto chegou apresentar 8 programas.

BijaRI é um coletivo de artistas e arquitetos que atuam desde 1996 na cidade de São Paulo, desenvolvendo projetos de diversos suportes, como intervenções urbanas, performances, vídeos, desenho e páginas web. Reflexionam sobre arquitetura e analisam criticamente a concepção urbanística da cidade de acordo com os interesses ideológicos e políticos de uma minoria.

“Poesia dos problemas concretos” é uma das ações que pudemos ver nesta mostra.

Outro dos projetos foi “Arquitetura da Exclusão” dos coletivos Frente 3 de Fevreiro e Afrofuturismos – grupos transdisciplinais que pesquisam e trabalham pela luta contra do racismo na sociedade brasileira.

Este documentário trata o tema dos muros, visíveis e invisíveis, dos núcleos urbanos e o comportamento dos cidadãos em relação às linhas fronteiriças que eles geram.

“Arquitetura da Exclusão” é um projeto audiovisual que expõe as novas políticas de segurança pública nas favelas do Rio de Janeiro desde uma perspectiva critica

Aqui se pode ver uma parte do documentário:

Isto é só uma pequena amostra do que pudemos ver o sábado passado no festival. O programa, de duas horas de duração, contém duas partes: por um lado, a mobilização e o vídeoescraches e por outro, a arte ilegal.

Todos os projetos vão me conectar com os temas que ultimamente estou trabalhando, a saber, a relação entre a ativação da memória, a performance e o arquivo, e também a possibilidade de determinar genealogias, que conectem todas as performances a partir da escritura de novos microrrelatos historiográficos.

 (1)  http://coletivofiledepeixe.com/
—————————————————————————————————————————————–
El pasado fin de semana, el Screen Festival presentó en la Fundación Antoni Tàpies una sesión de vídeos titulada, “Videoactivismo tropical – ilegalidades transformadoras”, a cargo de la comisaria brasileña Fernanda Nogueira.

Asistí los dos días con la voluntad de descubrir lo que esta pasando en el contexto brasileño, que según Fernanda, tiene mucho que ver con lo que ha acaecido aquí en estos últimos años.

Filé de Peixe es un colectivo carioca que, desde el 2006, realiza acciones de intervención urbana basadas en el formato audiovisual, así como también proyectos de ocupación artística en espacios no convencionales (garajes, callejones, patios, solares…).

Este colectivo de artistas destacan por “intervenir en la economía política del arte, actuando críticamente sobre procesos de recepción y circulación de arte en tanto que mercancía, investigando las relaciones entre arte y vida, las instancias limítrofes entre objeto y producto, entre coleccionismo y consumo” (1).

El proyecto “Piratão gentil” consiste en llevar a cabo diferentes acciones en centros urbanos donde venden copias piratas de vídeos de autores clásicos y contemporáneos, siguiendo el mismo proceso que el de la piratería actual.

Todas las personas que aparecen en el vídeo cantan sus alabanzas a la democratización que ha supuesto Internet, facilitando el acceso a la información –a partir de la ruptura de las coordenadas “espacio-tiempo”, convertidas en un “aquí-ahora”-, compartiendo proyectos artísticos y cualquier tipo de contenidos.

Uno de los debates actuales en el ámbito cultural es cómo conseguir un equilibrio justo entre la libre circulación de contenidos en la red y los recursos necesarios para su viabilidad. Todo un reto para el mundo del arte y la cultura a escala global.

Aquí tenéis una muestra de una de las acciones de “Piratão gentil”:

En Barcelona, el mes pasado, se celebró el 12º Forum sobre la cultura organizado por Indigestió. En este encuentro se abrió de nuevo el debate de la cultura libre. Justo en un momento de transición entre la cultura subvencionada y la cultura… ¿mercantilizada? (todavía no sabemos exactamente el qué).

Aquí os dejo el discurso de Gala Pin:

ARNSTV es un grupo activo del 2002 al 2004 en la ciudad de São Paulo, formado por Daniel Lima, Fernando Coster, André Montenegro y Daniela Labra.

El vídeo que pudimos ver es un pequeño trozo del proyecto “A Revolução Não Será Televisionada”, el cual consistía en una especie de anti-programa de televisión. El objetivo era intervenir este medio utilizando contenidos artísticos recogidos en programas de 25 minutos de duración.

“A Revolução Não Será Televisionada” no sólo presenta contenidos artístíscos sino también música, narraciones en off e imágenes periodística.  Este grupo llegó a presentar ocho programas.

BijaRI es otro colectivo de artistas y arquitectos que actúan desde 1996 en la ciudad de São Paulo, desarrollando proyectos de diversos soportes, como intervenciones urbanas, performances, vídeos, diseño y páginas web. Reflexionan sobre la arquitectura y analizan críticamente la concepción urbanística de la ciudad, guiada por intereses ideológicos y políticos de una minoría.

Pudimos ver un vídeo de una de las acciones: “Poesia dos problemas concretos”.

Otro proyecto fue “Arquitetura da Exclusão” de los colectivos Frente 3 de Fevreiro y Afrofuturimos -grupos transdiciplinares que investigan y trabajan para luchar contra el racismo en la sociedad brasileña.

Este documental trata el tema de los muros, visibles e invisibles, de los núcleos urbanos y el comportamiento de los ciudadanos en relación a las líneas fronterizas que éstos generan.

“Arquitetura da Exclusão” es un proyecto audiovisual que expone las nuevas políticas de seguridad pública en las favelas de Rio de Janeiro desde una perspectiva crítica.

Aquí os dejo un pequeño trozo del documental:

Esto es sólo un pequeño apunte de lo que pudimos ver el sábado pasado. El programa, de dos horas de duración, consta de dos partes: por un lado, Movilización y vídeoescraches y por otro, arte ilegal.

Todos estos proyectos me conectaron con los temas que últimamente estoy trabajando, a saber, la relación entre la activación de la memoria, la performance y el archivo y la posibilidad de determinar genealogías que conecten todas esas performances a partir de la escritura de nuevos micro-relatos historiográficos.

 (1)  http://coletivofiledepeixe.com/

 





This entry was posted in No país tropical. Bookmark the permalink.

One Response to Videoactivismo tropical

  1. Pingback: Entre a política e a estética | Paola Marugán

Comments are closed.