Entre a política e a estética

(más abajo, versión en castellano)

“El arte pasa a la acción”, Tucuman Arde

Alguns dos trabalhos que nós vemos na sessão “Videoactivismo Tropical – ilegalidades transformadoras” são uma amostra das diferentes formas de acionar os corpos na esfera pública e de ativação da memória coletiva.

Nesta apresentação pudemos distinguir vários usos estratégicos do corpo, que os cidadãos realizam para denunciar a violência exercida por certas ordens institucionais.

A performance é uma ferramenta idônea para ensaiar “micro revoluções”, transformar as relações e situar-se diante daqueles processos que afetam o coletivo e consequentemente o individual.

As fronteiras entre a arte da performance e as manifestações políticas performativas são muito permeáveis. A prática da performance situa-se no espaço liminal entre a estética e a política, abrindo debates e botando novas formas de atuar diante desse poder que arrasta, imobiliza, e até faz desaparecer.

Para Guillermo Gómez-Peña (*) o corpo é o “verdadeiro lugar para a criação e nossa verdadeira matéria prima”. Não tenho dúvida nenhuma que as ideias “lugar para criar” e “matéria prima” são compreendidas de formas muito diferentes segundo o prisma latino, anglo-saxão, europeu, asiático, etc.

Na América Latina, os artistas compreendem que o corpo é o lugar onde acontece o político. Lorena Wolfer, por exemplo, usa o seu corpo como “mapa simbólico que documenta e narra a violência”. Para a artista mexicana, o corpo é o veículo de representação da violência que sofrem as mulheres em México.

No passado mês de dezembro eu assisti à primeira edição da Performance Art Week em Veneza. Lá eu tive a oportunidade de conhecer vários artistas procedentes do continente americano. As suas performances chamaram minha atenção. O seus corpos operavam como campos de batalha do político.

O meu olhar europeu não podia deixar de interrogar a intenção e, sobretudo, a efetividade que tem a representação desse sujeito vulnerável (explorado, exilado, ameaçado, torturado, desaparecido). Continuo nessa interrogação.

Diana Taylor, em The archive and the repertoire. Performing cultural memory in the Americas, analisa a performance como uma parte integral da cultura que traspassa através de gerações.  Para isso, ela distingue entre o Arquivo e o Repertório.

O arquivo contém documentos, textos, vídeos e aqueles “restos” que podem ser considerados materiais duradouros. Todos estes elementos superam o comportamento ao vivo, já que ao não precisar da presença dos corpos, operam pela distância, transmitindo conhecimento de formas diferentes.

O repertório, pelo contrário, recolhe a memória corporal que funciona pelo meio dos corpos, em forma de música, gestos, dança, narrações orais, etc. Aqui a performance opera como um ato de transferência através de procedimentos compartilhados.

Estes dois sistemas de conhecimento desafiam à desaparição: os objetos (o arquivo) são uma forma perdurável de dar testemunho, e os processos ao vivo (o repertório), os atos de transferência que têm lugar em tempo real.

Assim, os vídeos da mostra são materiais do arquivo que tinham sobrevivido às ações mesmas, e que graças aos quais, nós podemos conhecer o que acontece no contexto brasileiro.

Os gestos, os berros, as canções, as simulações das torturas são a memória encarnada no vivo, no efêmero e no não reproduzível de um passado que se torna o presente. O repertório atua como armazém de condutas transmitidas pelas performances, as quais ativam a memória na prática coletiva.

A performance Balanço da 2ª Rodada Nacional de Esculachos de Levante Popular da Juventude na ciudade de São Paulo.
(*) Artigo de Guillermo Gómez-Peña: “En defensa del arte del performance”.

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 “El arte pasa a la acción”, Tucuman Arde

Algunos de los trabajos que vimos en la sesión “Videoactivismo Tropical – ilegalidades transformadoras” son una muestra de las diferentes formas de accionar los cuerpos en la esfera pública y de activación de la memoria colectiva.

En dicha presentación, pudimos distinguir varios usos estratégicos del cuerpo, que las ciudadanas llevan a cabo, para denunciar la violencia ejercida por ciertos órdenes institucionales.

La performance es la herramienta idónea para “ensayar micro-revoluciones”, transformar las relaciones y posicionarse frente a aquellos procesos que afectan a lo colectivo, y por tanto a lo individual.

Las fronteras entre el arte de la performance y las manifestaciones políticas performativas son muy permeables. La práctica de la performance se sitúa en el espacio liminal entre la estética y la política, abriendo debates y proponiendo nuevas formas de actuar frente a ese poder que arrastra, inmoviliza, invisibiliza y hasta hace desaparecer.

Para Guillermo Gómez-Peña (*), el cuerpo es el “verdadero sitio para la creación y nuestra verdadera materia prima”. Sin duda, las ideas “sitio para crear” y “materia prima” son entendidas de formas muy diferentes según el prisma latinoamericano, anglosajón, europeo, asiático, etc…

En América latina, los artistas entienden que el cuerpo es el lugar donde acontece lo político. Lorena Wolfer, por ejemplo, utiliza su cuerpo como “mapa simbólico que documenta y narra la violencia”. Para esta artista mexicana, el cuerpo es el vehículo de representación de la violencia que sufren las mujeres en México.

El pasado mes de diciembre asistí a la primera edición de la Performance Art Week en Venecia, donde tuve la oportunidad de conocer a varios artistas procedentes del continente americano. Ni un solo performance me dejó indiferente. Sus cuerpos operaban como campos de batalla de lo político.

Mi mirada europea no podía dejar de interrogar la intención y sobre todo, la efectividad que tiene la representación de ese sujeto vulnerable (explotado, exiliado, amenazado, torturado, desaparecido). Dicha interrogación continua abierta.

Diana Taylor, en The archive and the repertoire. Performing cultural memory in the Americas, analiza la performance como parte integral de la cultura que se transmite a través de generaciones. Para ello, distingue entre Archivo y Repertorio.

El archivo contiene documentos, textos, vídeos y aquellos “restos” que pueden ser considerados materiales duraderos. Todos estos elementos superan al comportamiento en vivo, ya que al no requerir de la presencia de los cuerpos, operan a través de la distancia, transmitiendo conocimiento de forma diferente.

El repertorio, por el contrario, recoge la memoria corporal que funciona a través de los cuerpos, en forma de música, gestos, danza, narraciones orales, etc. Aquí la performance opera como un acto de transferencia a través de ceremonias compartidas.

Estos dos sistemas de conocimiento desafían a la desaparición: los objetos (el archivo) son la forma perdurable de dar testimonio, y los procesos en vivo (el repertorio), los actos de transferencia que tienen lugar en tiempo real.

Así mismo, los vídeos de la muestra son materiales del archivo que han sobrevivido a las acciones mismas, y que gracias a los cuales pudimos conocer lo que ocurre en el contexto brasileño.

Los gestos, los gritos, las canciones, las simulaciones de las torturas son la memoria encarnada en lo vivo, en lo efímero y en lo no-reproducible, de un pasado que se vuelve presente. El repertorio funciona como un almacén de conductas transmitidas a través de las performances, las cuales activan la memoria en la práctica colectiva.

Performance Balanço da 2ª Rodada Nacional de Esculachos de Levante Popular da Juventude en la ciudad de São Paulo.
(*) Artículo de Guillermo Gómez-Peña: “En defensa del arte del performance”.
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Videoactivismo tropical

(versión castellano, más abajo)

No fim de semana passado, o Screen Festival apresentou na Fundação Antoni Tapies uma sessão de vídeos intitulada, “Videoactivismo tropical – ilegalidades transformadoras”, realizada pela curadora brasileira Fernanda Nogueira.

Assisti os dois dias com a vontade de descobrir o que está acontecendo no contexto brasileiro, que segundo Fernanda, tem relação com o que aconteceu aqui nos últimos anos.

Filé de Peixe é um coletivo carioca que desde 2006 realiza ações de intervenção urbana baseadas no formato audiovisual, e também projetos de ocupação artística em espaços não convencionais (garagens, solares, pátios, becos…).

Este coletivo de artistas destaca por “intervir na economia política da arte, agindo criticamente sobre processos de recepção e circulação da arte enquanto mercadoria, investigando as relações entre arte e vida, as instâncias limítrofes entre objeto e produto, entre colecionismo e consumo” (1).

O projeto “Piratão gentil” consiste em desenvolver diferentes ações em centros urbanos onde vendem cópias piratas de vídeos de autores clássicos e contemporâneos, de acordo com o mesmo processo da pirataria atual.

Todas as pessoas que aparecem no vídeo fazem elogios à democratização da informação devido à aparição de Internet, a qual facilita o acesso a todo tipo de conteúdos, quebrando as coordenadas “espaço-tempo” (traduzidas no “aqui – agora”) e gerando uma esfera livre onde compartilhar conhecimento.

Um dos debates mais atuais no âmbito cultural é como atingir um equilíbrio justo entre a livre circulação de conteúdos na rede e os recursos necessários para sua viabilidade. Sem dúvida, um desafio para o mundo da arte e a cultura a escala global.

Vou te mostrar um trecho das ações de “Piratão gentil”:

Em Barcelona, no mês passado celebrou-se o 12º Fórum da cultura organizado pelo coletivo Indigestió. Nesse encontro esquentou o debate sobre a cultura livre, mais uma vez, justamente agora que acontece a transição da “cultura subvencionada” à cultura… mercantil?… ainda não sabemos o quê.

Gala Pina foi uma dos participantes neste fórum.

ARNSTV é um grupo ativo desde 2002 a 2004 na cidade de São Paulo, formado pelo Daniel Lima, Fernando Coster, André Montenegro e Daniela Labra.

O vídeo que pudemos ver é um pequeno trecho do projeto “A Revolução Não Será Televisionada”, o qual consistia numa espécie de anti-programa de televisão. O projeto tem tido com objetivo intervir neste meio utilizando conteúdos artísticos recolhidos em programas de 25 minutos de duração.

“A Revolução Não Será Televisionada” não só apresenta conteúdos artísticos senão também música, narrações em off e imagens jornalísticas. O grupo deste projeto chegou apresentar 8 programas.

BijaRI é um coletivo de artistas e arquitetos que atuam desde 1996 na cidade de São Paulo, desenvolvendo projetos de diversos suportes, como intervenções urbanas, performances, vídeos, desenho e páginas web. Reflexionam sobre arquitetura e analisam criticamente a concepção urbanística da cidade de acordo com os interesses ideológicos e políticos de uma minoria.

“Poesia dos problemas concretos” é uma das ações que pudemos ver nesta mostra.

Outro dos projetos foi “Arquitetura da Exclusão” dos coletivos Frente 3 de Fevreiro e Afrofuturismos – grupos transdisciplinais que pesquisam e trabalham pela luta contra do racismo na sociedade brasileira.

Este documentário trata o tema dos muros, visíveis e invisíveis, dos núcleos urbanos e o comportamento dos cidadãos em relação às linhas fronteiriças que eles geram.

“Arquitetura da Exclusão” é um projeto audiovisual que expõe as novas políticas de segurança pública nas favelas do Rio de Janeiro desde uma perspectiva critica

Aqui se pode ver uma parte do documentário:

Isto é só uma pequena amostra do que pudemos ver o sábado passado no festival. O programa, de duas horas de duração, contém duas partes: por um lado, a mobilização e o vídeoescraches e por outro, a arte ilegal.

Todos os projetos vão me conectar com os temas que ultimamente estou trabalhando, a saber, a relação entre a ativação da memória, a performance e o arquivo, e também a possibilidade de determinar genealogias, que conectem todas as performances a partir da escritura de novos microrrelatos historiográficos.

 (1)  http://coletivofiledepeixe.com/
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El pasado fin de semana, el Screen Festival presentó en la Fundación Antoni Tàpies una sesión de vídeos titulada, “Videoactivismo tropical – ilegalidades transformadoras”, a cargo de la comisaria brasileña Fernanda Nogueira.

Asistí los dos días con la voluntad de descubrir lo que esta pasando en el contexto brasileño, que según Fernanda, tiene mucho que ver con lo que ha acaecido aquí en estos últimos años.

Filé de Peixe es un colectivo carioca que, desde el 2006, realiza acciones de intervención urbana basadas en el formato audiovisual, así como también proyectos de ocupación artística en espacios no convencionales (garajes, callejones, patios, solares…).

Este colectivo de artistas destacan por “intervenir en la economía política del arte, actuando críticamente sobre procesos de recepción y circulación de arte en tanto que mercancía, investigando las relaciones entre arte y vida, las instancias limítrofes entre objeto y producto, entre coleccionismo y consumo” (1).

El proyecto “Piratão gentil” consiste en llevar a cabo diferentes acciones en centros urbanos donde venden copias piratas de vídeos de autores clásicos y contemporáneos, siguiendo el mismo proceso que el de la piratería actual.

Todas las personas que aparecen en el vídeo cantan sus alabanzas a la democratización que ha supuesto Internet, facilitando el acceso a la información –a partir de la ruptura de las coordenadas “espacio-tiempo”, convertidas en un “aquí-ahora”-, compartiendo proyectos artísticos y cualquier tipo de contenidos.

Uno de los debates actuales en el ámbito cultural es cómo conseguir un equilibrio justo entre la libre circulación de contenidos en la red y los recursos necesarios para su viabilidad. Todo un reto para el mundo del arte y la cultura a escala global.

Aquí tenéis una muestra de una de las acciones de “Piratão gentil”:

En Barcelona, el mes pasado, se celebró el 12º Forum sobre la cultura organizado por Indigestió. En este encuentro se abrió de nuevo el debate de la cultura libre. Justo en un momento de transición entre la cultura subvencionada y la cultura… ¿mercantilizada? (todavía no sabemos exactamente el qué).

Aquí os dejo el discurso de Gala Pin:

ARNSTV es un grupo activo del 2002 al 2004 en la ciudad de São Paulo, formado por Daniel Lima, Fernando Coster, André Montenegro y Daniela Labra.

El vídeo que pudimos ver es un pequeño trozo del proyecto “A Revolução Não Será Televisionada”, el cual consistía en una especie de anti-programa de televisión. El objetivo era intervenir este medio utilizando contenidos artísticos recogidos en programas de 25 minutos de duración.

“A Revolução Não Será Televisionada” no sólo presenta contenidos artístíscos sino también música, narraciones en off e imágenes periodística.  Este grupo llegó a presentar ocho programas.

BijaRI es otro colectivo de artistas y arquitectos que actúan desde 1996 en la ciudad de São Paulo, desarrollando proyectos de diversos soportes, como intervenciones urbanas, performances, vídeos, diseño y páginas web. Reflexionan sobre la arquitectura y analizan críticamente la concepción urbanística de la ciudad, guiada por intereses ideológicos y políticos de una minoría.

Pudimos ver un vídeo de una de las acciones: “Poesia dos problemas concretos”.

Otro proyecto fue “Arquitetura da Exclusão” de los colectivos Frente 3 de Fevreiro y Afrofuturimos -grupos transdiciplinares que investigan y trabajan para luchar contra el racismo en la sociedad brasileña.

Este documental trata el tema de los muros, visibles e invisibles, de los núcleos urbanos y el comportamiento de los ciudadanos en relación a las líneas fronterizas que éstos generan.

“Arquitetura da Exclusão” es un proyecto audiovisual que expone las nuevas políticas de seguridad pública en las favelas de Rio de Janeiro desde una perspectiva crítica.

Aquí os dejo un pequeño trozo del documental:

Esto es sólo un pequeño apunte de lo que pudimos ver el sábado pasado. El programa, de dos horas de duración, consta de dos partes: por un lado, Movilización y vídeoescraches y por otro, arte ilegal.

Todos estos proyectos me conectaron con los temas que últimamente estoy trabajando, a saber, la relación entre la activación de la memoria, la performance y el archivo y la posibilidad de determinar genealogías que conecten todas esas performances a partir de la escritura de nuevos micro-relatos historiográficos.

 (1)  http://coletivofiledepeixe.com/

 





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Crítica en La Vanguardia # Mery Cuesta

Celebro la crítica que Mery Cuesta ha publicado hoy en el Suplemento “Culturas” de La Vanguardia. Si os apetece leerla…No hay nada más que añadir. Una buena recompensa después de tantísimo trabajo.

Muchas gracias a ella, a Fidel Balaguer y a todaos laos artistas.

Crítica_MeryCuesta-LVTeatron

NOTA: pinchar en la imagen para leerla en tamaño ampliado
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Sobre la ocupación de Felip G. Gil

Captura de pantalla 2013-05-16 a las 12.26.45

Quiero compartir con todas el post-recopilación que Felipe G. Gil ha publicado en su blog de los cuatro días de ocupación.

Código Fuente de la ocupación de Paola Marugán.

Esta ocupación ha tenido mucha visibilidad en Twitter. Me lo he pasado muy bien. Se lo agradezco enormemente.

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Llego tarde a una conferencia

“Es bastante ingenuo pensar que a la clase dominante le interesa la cultura. Desgraciadamente sólo interesa aquello de lo que se obtenga beneficio económico. Este es exactamente el punto en el que me encuentro frente al trabajo de Roger Bernat. Sus piezas me acaban resultando un “juego” un tanto fascista (y perdón por la fuerza negativa que transmite la palabra), empujando al público a participar de forma “activa”, como cual imperativo, sin que en el fondo acabe pasando nada más que la misma participación. Desde mi punto de vista y a estas alturas, esto ya es hacer trampas.”

Llego tarde a una conferencia

Llego tarde a una conferencia
No quiero arrepentirme de los trenes que perdí.
Si tu vida fuera una película,
¿qué estilo te gustaría que fuera?

Llego tarde a una conferencia
¿A quién le importa el arte?
A mi me entró un ataque de risa.
El fado y la saudade son una gran mentira.

Llego tarde a una conferencia
Y aplaudo, aplaudo, aplaudo, aplaudo.
Hoy repito. Quiero volver a no dormir.
¡Me quedo con el no-final!

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Conversaciones con Paola Marugán

– PAOLA.  Me parece interesante empezar explicando el por qué en los últimos años los discursos post-feministas-queer están teniendo más visibilidad en las instituciones.

– PAOLA.  ¿Qué hacer con los funcionarios, profesores, artistas, ingenieros, prostitutas, etc, que no tienen conciencia de clase a pesar de también ser explotados (que aquí no se libra nadie)?

– P. Me cautiva. Seguimos.

– P. Creo que no me expliqué. Una cosa es el paté La Piara y otra el foie de pato.

– P. Los Media han cambiado nuestra forma de movernos y entender el mundo. Han modificado nuestras estructuras básicas: los modelos de relación social, el gran temazo de la concepción de la autoría…

– P. Por un momento dudo si apagar la grabadora o seguir. Intuyo timidez.

– P. El momento más poético es la verbena. Los bailes de salón. Los jubilados. En definitiva, el final del viaje.

– P. Apago la grabadora. Acordamos no concluir nuestra conversación.

– P. Nos gusta la idea de continuum para que no nos invada la saudade.

– P. El fado y la saudade son una gran mentira.

– P. LLego tarde a una conferencia.

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Me llamo Paola Marugán Ricart, como todo el mundo.

Llego tarde a una conferencia.

“Revisión como la acción de mirar para detenerse en el detalle”.

Y aplaudo, aplaudo, aplaudo, aplaudo. No dejo de aplaudir. No puedo dejar de aplaudir. No quiero. Sigo aplaudiendo. Aplaudo y pienso: “que no se acabe, que siga, que siga, que siga”. Exijo la vuelta atrás del tiempo. Vuelta a la sorpresa. Volver a pensar:

Pollas. Semen. Culos. Tutús y más tutús.

Esta noche he pasado del insomnio a la pesadilla. Hoy repito. Quiero volver a no dormir y volver a soñar.

Llego tarde a una conferencia.

Aunque algunos canten que todo tiene su final, ¡me quedo con el no-final!

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Where does LOVE come from? # Christina Schultz

Os quiero invitar a la Galeria Balaguer el próximo sábado 18 de mayo a las 20h al performance digital Where does love come from? de Christina Schultz. Esta dama, que ya conocéis de otras veces, presenta un discurso digital en stop motion sobre el amor límbico.

Vull convidar-vos a la Galeria Balaguer el pròxim dissabte 18 de maig a les 20h al performance digital Where does love come from? de Christina Schultz. Aquesta dama, que ja coneixeu d’altres vegades, presenta un discurs digital en stop motion sobre l’amor límbic.

I warmly invite you Where does love come from?, a musical performance Saturday 18th May at 8pm at Balaguer Gallery. Christina Schultz brings a digital discourse with live stop motion about limbic love.

Exposición / Exhibition: I don’t believe in You but I believe in Love

Galeria Balaguer Consell de Cent,  315 entresuelo, 2ª. 08007. Barcelona

Perfo_Chris

https://vimeo.com/65910873
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Felip G. Gil # Ocupa mi blog

Felipe_Zemos

El jueves 16, viernes 17 y sábado 18 de mayo, o sea, esta semanita… Felipe G. Gil ocupa mi blog. Y, ¿quién es este ser? pues aquí lo teneís….

“Felipe G. Gil estaba en la barriga de su madre cuando Tejero entró pegando disparos en el Congreso. Más tarde se dedicó a grabar programas de radio en cintas de cassette y a fantasear conque un día sería un gran comunicador. Tras una breve crisis de 3 días y 10 minutos (exactamente) en la que dudó si hacer la carrera de administración y dirección de empresas, cometió uno de los mejores errores de su vida: estudiar comunicación audiovisual. Fue ahí donde conoció a un grupo de imberbes con los que durante los últimos años de su vida ha desarrollado infinidad de proyectos, la mayoría al margen del sentido común, pero todos ellos encuadrados dentro del contexto de la educación, la comunicación audiovisual y la cultura libre. Por cierto, no os creáis nada de él. Es un cuentista y un teatrero.”

Y se dedica a hacer cosas como esta.

A partir del jueves dejaré de ser yo durante tres días.

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Algumas notas sobre a performance e o arquivo # algunas notas sobre performance y archivo

belles 4

(abajo, versión castellana)

Time Again é um projeto que apresenta duas vídeo-instalações, uma série de performances e uma mostra dos “restos de cena”, os quais têm um caráter retroativo que remarcam o passado dessas ações.

Com esta exposição quero começar a desenvolver um trabalho sobre a relação entre a performance, o arquivo e as várias possibilidades de exibição dessas práticas, em espaços convencionais (galerias e museus).

Foram muito inspiradores o ensaio de Rebecca Schneider, “A performance permanece” (esta é a última versão do ensaio publicado pela primeira vez em 2001, “Performance remains”) e o ensaio de Martí Manen, “Salir de la exposición (si es que alguna vez habíamos entrado)”.

A célebre afirmação de Peggy Phelan, “ a performance é enquanto desaparece”(1) serve para eu compreender a performance como um processo que termina no momento que conclui o ato da sua realização, ao contrario do que acontece com a pintura, o vídeo, a escultura, etc… objetos que permanecem no tempo.

Se a essência da performance é o seu ser ao vivo, “qual é o valor de um objeto que se apresenta como rastro de um ato que aconteceu no passado?” (2) Na exposição Time Again pudemos ver como os documentos (os “restos de cena” exibidos na galeria) eram essencialmente diferentes das performances. Além disso, também estavam marcados pela desaparição, já que eram os restos das ações realizadas no passado. A pesar dessa ausência, os documentos pretendiam funcionar como uma presença contínua daquelas ações.

Como as lembranças apelam a esse “comércio interativo que acontece entre o objeto de arte e o espectador” (3)– em palavras de Phelan, uma vez passada a exposição, decidi coletar as lembranças de alguns visitantes que haviam assistido às ações ao vivo para registrar e gerar um arquivo.

Devido a que a resposta dos assistentes foi mínima, publiquei um simples post, com a primeira pedra do arquivo digital, sem pensar bem como ia desenvolvê-lo.

O deslocamento no debate sobre a relação entre a performance e o arquivo, que apresenta R. Schneider no ensaio citado anteriormente, me inspira para ir um pouco mais longe com Time Again (versão inglesa que ainda não tem espaço de apresentação).

Schneider propõe não considerar a natureza efêmera da performance como uma limitação – motivo pelo qual teóricos e artistas afirmam que a performance não pode ser documentada nem arquivada – e compreender assim esta prática como um processo que permanece de outra maneira.

A lógica do Arquivo ocidental considera a performance como uma prática alheia à história e incompatível com a documentação, favorecendo o resto das artes cujos resultados são objetos materiais.

Seguindo a ideia de Schneider segundo a qual “a performance é um modo válido de permanência que oferece outras forma de lembrar e produzir conhecimento” (4), proponho em Time Again (versão inglesa) gerar uma rede de transmissões entre corpos (body-to-body transmission) para compreender a prática do arquivo como uma performance em si mesma.

Desta maneira o que permanece não é um objeto senão um processo que se dá através da transmissão das memória dos visitantes, processo que foi apresentado no espaço digital.

O valor deste processo de transmissão não se encontra nesse momento estático do passado senão naquele que vai se comunicando, repetindo, reaparecendo em forma de ritual. Através desta cadeia (infinita) de transmissões pode se pensar a performance como uma forma possível do arquivo.

Por enquanto até aqui… outro dia mais.

NOTAS: (1) “Ontologia de la performance: representación sin reproducción”. Peggy Phelan, artigo no livro: “Estudios avanzados de performances”, Diana Taylos e Marcela Fuentes. Ed. Fondo de Cultura Económica. México, D.F. 2011.
(2) “El performance permanece”, Rebecca Schneider. Peggy Phelan, artigo no livro: “Estudios avanzados de performances”, Diana Taylos e Marcela Fuentes. Ed. Fondo de Cultura Económica. México, D.F. 2011.
(3) Ibid, 1
(4) Ibid, 2

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Time Again es un proyecto que parte de la presentación de dos vídeo- instalaciones, una serie de performances y la muestra de los “restos de escena”, cuyo carácter retroactivo remarcan el pasado de dichas acciones.

Con esta exposición quiero empezar a desarrollar un trabajo sobre la relación entre la performance, el archivo y las (múltiples) posibilidades de exhibición de estas prácticas, en espacios convencionales (galerías y museos).

Fueron muy inspiradores los ensayos de Rebecca Schneider El performance permanece (esta es la última versión del ensayo que se publicó por primera vez en el 2001, Performance remains) y de Martí Manen, Salir de la exposición (si es que alguna vez habíamos entrado). 

La célebre afirmación de Peggy Phelan, el performance es en tanto que desaparece (1), me sirve para entender la performance como un proceso que termina en el momento que concluye el acto de su realización, en oposición a la pintura, el vídeo, la escultura, etc … cuyos objetos permanecen en el tiempo.

Si lo esencial de la performance es su ser en vivo, ¿cuál es la validez de un objeto que se presenta como rastro de un acto que tuvo lugar en el pasado? (2) En la exposición Time Again pudimos ver cómo los documentos (los “restos de escena” que se expusieron en la galería) eran esencialmente distintos a las performances y además, también estaban marcados por la desaparición, ya que eran los restos de las acciones agotadas en el pasado. A pesar de esa ausencia, los documentos pretendían funcionar como una presencia continua de aquellas acciones.

Como los recuerdos apelan a ese comercio interactivo que se da entre el objeto de arte y el espectador (3) -en palabras de Phelan, pasada la exposición, decidí recolectar los recuerdos de algunos visitantes que habían asistido a las acciones en vivo, con el objetivo de crear un archivo.

Debido a que la respuesta de los asistentes fue mínima, publiqué un simple post, como primera piedra del archivo digital, sin pensar muy bien cómo iba a desarrollarlo.

El desplazamiento en el debate acerca de la relación entre la performance y el archivo, que lleva a cabo R. Schneider (en el ensayo citado anteriormente), me inspira, para ir un poco más lejos con Time Again (versión en inglés, que todavía no se ha mostrado en ningún espacio).

Schneider propone no considerar la naturaleza efímera de la performance como una limitación -motivo por el cual teóricos y artistas afirman que no se puede documentar, ni archivar- y así mismo, entender esta práctica como un proceso que permanece de otra manera.

La lógica del Archivo occidental considera a la performance una práctica ajena a la historia e incompatible con la documentación, favoreciendo al resto de las artes que tienen como resultado un objeto material.

Siguiendo la de idea de Schneider, según la cual la performance es un modo válido de permanencia que ofrece otras formas de recordar y producir conocimiento (4), propongo en Time Again (versión inglesa) generar una red de transmisiones entre cuerpos (body-to-body transmission) para entender la práctica del archivo como una performance en sí misma.

De esta manera lo que permanece no es un objeto, sino un proceso que se da a través de la transmisión de los recuerdos de los visitantes, presentado en un espacio digital.

El valor de este proceso de transmisión no se encuentra en ese momento estático del pasado sino en aquello que se va comunicando, repitiendo, reapareciendo en forma de ritual. A través de esta cadena (infinita) de transmisiones se puede pensar la performance como una forma posible de archivo.

De momento hasta aquí… otro día más.

NOTAS: (1) “Ontologia de la performance: representación sin reproducción”. Peggy Phelan, artículo en el libro: “Estudios avanzados de performances”, Diana Taylos y Marcela Fuentes. Ed. Fondo de Cultura Económica. México, D.F. 2011.
(2) “El performance permanece”, Rebecca Schneider. Peggy Phelan, artículo en el libro: “Estudios avanzados de performances”, Diana Taylos y Marcela Fuentes. Ed. Fondo de Cultura Económica. México, D.F. 2011.
(3) Ibid, 1
(4) Ibid, 2

 

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